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Nova bateria de 1.000 km é revelada por empresa da Great Wall Motors
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Nova bateria de 1.000 km é revelada por empresa da Great Wall Motors

Svolt vai colocar no mercado nova bateria com células NCM capaz de gerar 1.000 km de autonomia para carros elétricos; produção começa em 2023

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

20 de dez, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Great Wall
Great Wall prepara terreno para ampliar gama de carros elétricos no Brasil e no mundo
Crédito:Divulgação/Great Wall

A Svolt, empresa que pertence à chinesa Great Wall Motors, apresentou uma nova bateria na terceira edição do evento anual Battery Day. Para baratear o componente e driblar o fantasma dos altos preços dos veículos elétricos – que ainda afastam clientes -, a empresa divulgou a produção de baterias com alta densidade de energia e alcance estimado de 800 km, 900 km e 1.000 km – cada uma com suas próprias características. A produção começa já em 2023.

De acordo com Yang Hongxin, presidente e CEO da Svolt, as novidades – chamadas de Dragon Armor Battery – consistem numa grande evolução em termos de desempenho e segurança. “As baterias Dragon Armor serão usadas em vários modelos no próximo ano, incluindo um SUV e um cupê que entrarão em produção em massa a partir de outubro”, destacou, sem mais detalhes.

Para se ter ideia, as células NCM, que atingem alta densidade energética e volumétrica, permitirá oferecer carros com mais de 1.000 km de autonomia, afirma a fabricante. Além do alcance, o produto promete carregamento ultrarrápido. Entretanto, a Svolt não fez revelações sobre tempo.

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No portfólio de novidades, tem também uma bateria que dispensa o cobalto e, ainda assim, permitirá aos veículos até 900 quilômetros de alcance. Tem, na química, fosfato de ferro e lítio e manganês (LMFP). A solução, a princípio, ajuda a reduzir o custo total em 9,5% na comparação à NCM. Tem promessa de chegar ao mercado em 2024.



Bateria CATL
Divulgação/Zeekr

LFP e mais de 800 km

As células lítio-ferro-fosfato (LFP) também fazem parte da gama de baterias apresentadas pela Svolt. Trata-se de uma alternativa pensada para modelos de entrada ou que necessitem de baratear o seu preço. Desse modo, prometem mais de 800 km de autonomia. Algo surpreendente, afinal, esse tipo de produto tem densidade energética mais baixa do que as baterias tradicionais, de íons de lítio.


Para conseguir tais resultados, todavia, informações apontam que a bateria foi projetada com tecnologias como células de lâmina curta e um novo arranjo de elementos internos. Assim, gera melhor controle da temperatura e fluxo de energia durante os ciclos de carregamento e descarga. Outro ponto importante: o peso ficou entre 10 kg e 20 kg mais leve por módulo. Isso, graças a redução de 20% dos componentes estruturais. Por fim, a empresa disse que o novo design (como na Blade Battery, da BYD) pode lidar melhor com a fuga térmica das células.

Durante o evento, que aponta as novas tecnologias e detalha o que foi feito ao longo do ano, a empresa também divulgou seu plano de expansão. Nele, há projeções de construir duas fábricas de baterias na Alemanha. O início das atividades fica previsto para até 2025. A capacidade inicial da primeira planta (que já começa a operar em 2024, em Brandemburgo), contudo, é de 16 GWh.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.